3, 2, 1 … FELIZ ANO NOVO!

    Feliz Ano Novo

    É precisamente no seguimento deste momento de passagem de ano que formulamos desejos, resoluções, mudanças que pretendemos implementar no ano que acabou de iniciar (pretendemos, porque está estudado que esta altura será provavelmente a pior do ano para tomarmos resoluções). De acordo com um estudo da Universidade de Scranton (EUA) do início de 2014, apenas 8% das pessoas que fazem resoluções de ano novo as cumprem. Vários são os motivos indicados para este não cumprimento das resoluções apontados pela psicologia e pela neurociência comportamental, mas baseiam-se essencialmente na dificuldade que temos em mudar. Mudar dá trabalho e implica coragem, foco, intenção e motivação. Sair do piloto automático e quebrar rotinas é um processo difícil e quantas vezes penoso que não se altera só porque o ano muda.

    A força de vontade para tal tem de ser treinada tal como a memória ou a agilidade mental e sem o correto exercício nesse sentido tornar-se-á difícil, movidos por 12 badaladas alterar este comportamento automático. Esta é a época de impulsos, de um otimismo exacerbado, síndroma apelidado de falsa esperança (segundo os psicólogos Polivy e Herman) que desenvolve nos indivíduos expetativas irrealistas sobre a capacidade de se mudar a curto prazo. Para potenciarmos uma mudança efetiva sobre qualquer resolução que tomamos (deixar de fumar, ir ao ginásio, dedicar mais tempo a pessoas importantes, entre outras) há que assumir conscientemente as tarefas necessárias para que as mesmas se concretizem, e ter uma forte dose de autoconhecimento, de consciencialização em relação a cada hábito que se pretende alterar e ao esforço necessário para encetar uma mudança. Pela necessidade da transformação implicar um esforço, fazemos frequentemente o óbvio: adiamos a mudança o que conduz à diminuição da motivação, ausência de resiliência e da persistência, que se impulsionou com o soar do relógio. Estamos com isto a fazer uma das coisas que melhor e mais habitualmente fazemos: a procrastinar. A nossa tendência é adiar o que é difícil, desagradável ou complicado, com a falsa expectativa que será mais fácil no futuro.

    Estes comportamentos repetem-se no decorrer do ano nos vários contextos (profissional, pessoal…), o que origina dificuldades de ascensão profissional, o deixar escapar de oportunidades por receio de falhar ou por não ser capaz de cumprir por serem situações desconhecidas. Neste sentido, desenvolver competências que nos permitam encetar medidas para por em prática mudanças essenciais, torna-se um processo de clarividência em relação ao que já somos capazes de implementar e ao que ainda necessitamos de explorar.

     

    Publicado em: 
    20. Janeiro 2015

    A evolução das exigências do mercado recrutador que passam, crescentemente, a centrar-se na avaliação da capacidade de um recrutado vir a desempenhar a função para a qual será escolhido, de acordo com os parâmetros comportamentais e de competências que as empresas recrutadoras definem e o mercado de trabalho exige, levaram a Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Economia e Gestão a desenvolver e implementar no seu pólo do Porto um gabinete para trabalhar as competências pessoais dos seus alunos, chamado PIC (Portfólio...