RESILIÊNCIA, precisa-se…

    Na era em que vivemos e considerando as exigências atuais do mundo profissional, impõe-se o requisito da resiliência aos colaboradores das empresas. O conceito de resiliência foi adotado da Física e refere-se à capacidade de superação e adaptação perante uma dificuldade vista como um risco, assim como à construção de caminhos alternativos e ao confronto com situações stressantes e de complexa resolução. Historicamente, um dos precursores deste termo foi o cientista inglês Thomas Young que o utilizou em 1807, para se referir à relação entre a tensão e a compreensão de barras metálicas usando o termo para dar a “noção de flexibilidade, elasticidade e ajuste a tensões”. Deste modo, considerando os desafios da realidade laboral atual, a atitude resiliente vai de encontro ao perfil do trabalhador desejado para as empresas, pois subentende capacidade de adaptação, resolução de problemas e capacidade de transformação dos mesmos em oportunidades.


    As exigências da realidade laboral são elevadas, dado que atualmente um trabalhador deve demonstrar uma atitude de adaptação extraordinária para se sobrepor a uma necessária capacidade de se adaptar a novos contextos, novas formas de trabalhar, novas técnicas, novos colaboradores, em suma, novas realidades. De uma forma geral, esta é uma situação que se replica na vida dos trabalhadores que, sendo primeiramente pessoas, possuem ainda uma série de outras dimensões na sua vida que também carecem da necessária capacidade de se ser resiliente. No âmbito da psicologia, o conceito de resiliência surge associado a um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que carece do uso de competências tais como a inteligência, a capacidade de adaptação a ambientes de complexidade, instabilidade e pressão, como são atualmente os contextos laborais (Carmelo, 2008). Neste sentido, treinando competências a este nível, tornamo-nos pessoas mais hábeis e capazes de nos defrontarmos com a ansiedade, a perda de controlo e mudanças permanentes, incrementando a autoestima, a habilidade para solucionar problemas e a capacidade para o estabelecimento de relacionamentos interpessoais satisfatórios. Tal como indica Carl Rogers, “o único homem educado é aquele que aprendeu como aprender, como adaptar-se a mudança; é o homem que compreendeu que nenhum acontecimento é seguro e que somente o processo de buscar o conhecimento, fornece a base para a segurança”.
     

    Publicado em: 
    26. Janeiro 2015

    A evolução das exigências do mercado recrutador que passam, crescentemente, a centrar-se na avaliação da capacidade de um recrutado vir a desempenhar a função para a qual será escolhido, de acordo com os parâmetros comportamentais e de competências que as empresas recrutadoras definem e o mercado de trabalho exige, levaram a Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Economia e Gestão a desenvolver e implementar no seu pólo do Porto um gabinete para trabalhar as competências pessoais dos seus alunos, chamado PIC (Portfólio...