Ser líder: a importância de investir em nós

    O trabalhador deve crescer com as exigências

    Com o passar dos anos, as exigências no universo do trabalhador têm vindo a aumentar de forma significativa, muito por culpa do clima de mudança constante no qual vivemos. Todos os dias, métodos antigos são abandonados e substituídos por outros que primam pelas novas tecnologias, por novos métodos e técnicas que têm como objetivo principal aumentar a produtividade e a eficácia no trabalho.

    Estas exigências, tal como defendem Kitsantas, Reisner e Doster (2004), levam à extrema necessidade de “aprender a aprender”, ou seja, reconhecer a mudança à qual estamos todos sujeitos hoje em dia, definida pelo seu caráter tecnológico, e abraçar o facto de que o fluxo de informação é infinito. Sendo assim, torna-se fundamental não só saber fazer, como também aprender como fazer, ensinar e formar.

    Daí ser importante adotar uma mentalidade que permite manter um maior grau de recetividade a novas aprendizagens e conhecimentos, independentemente do estatuto exercido por parte de um trabalhador numa empresa ou instituição. Tal como já dizia Benjamin Franklin, “um investimento em conhecimento sempre presta o melhor retorno”.

    A importância das soft skills

    Sendo assim, o processo de desenvolvimento de competências deve ser contínuo, e realizado com o objetivo de garantir e justificar a aposta em nós próprios. Como é que nos podemos diferenciar das centenas e centenas de pessoas localizadas no mesmo ramo organizacional? Entre outros aspetos, a resposta passa pelas nossas habilidades comportamentais: as soft skills.

    Muitos dizem que a capacidade de liderança é fundamental para gerir uma empresa, uma equipa, mas na verdade, esta é apenas uma das competências que deve ser adotada de forma a distinguir um chefe de um líder, ou melhor, um exemplo a seguir. Gerir o tempo de trabalho de forma a encontrar um equilíbrio perfeito entre produtividade e eficácia, ser assertivo nas nossas tarefas e funções, saber não só comunicar, como também cativar, motivar, negociar, persuadir... Estas são as técnicas que irão separar um bom profissional, daquele que ambiciona atingir a excelência, e adquirir o estatuto de exemplo a seguir.

    Motivação pode ser a chave do problema

    Sendo estas competências fundamentais, é importante também, enquanto chefe, supervisor, gerente ou diretor, saber identificar as mesmas, reconhecer quem as possui de forma a saber distinguir um colaborador bom, daquele que irá futuramente levar a empresa para novos patamares. Mas será que basta ter os critérios de seleção apropriados. Será a fase de seleção suficiente?

    O processo de integração numa empresa pode ser considerado como algo delicado, sendo constituído por várias fases, tais como a fase de integração e adaptação, a aprendizagem, o acrescer de responsabilidades, o exercer de novas funções, e, algo que por vezes pode ser difícil, manter a motivação.

    De acordo com Abraham Maslow, saber motivar funcionários é meio caminho andado para garantir o sucesso da sua empresa, envolvendo vários fatores e competências que devem ser desenvolvidas e postas em prática. A leitura do artigo “Como motivar funcionários de forma rápida, prática e eficaz”, de Gustavo Paulillo, leva a várias conclusões fascinantes. No entanto, é relevante destacar o principal fator que vai de encontro às características na qual a Pro Unicenter se foca: formação e capacitação. A falta de capacidade de motivar, gerir, instruir e liderar um conjunto de trabalhadores, pode influenciar diretamente o rendimento e compromisso dos mesmos. É fundamental transmitir que todos os processos e aspetos relacionados com a empresa, são realizados com pleno domínio técnico, teórico e prático. Para ensinar, é preciso saber fazer, e é preciso fazer bem.

    Em jeito de conclusão, é possível afirmar que o investimento que fazemos em nós próprios de forma a desenvolver as nossas competências é algo indispensável. Um bom profissional, líder e dirigente orgulha-se de preservar qualidades e competências que distinguem um colaborador de uma referência, um exemplo a seguir.

     

     

    Referências bibliográficas:

    Paulillo, G. (2020). Como motivar funcionários de forma rápida, prática e eficaz. Disponível em: https://www.agendor.com.br/blog/como-motivar-funcionarios/ [Acedido em março 11, 2021].

    Kitsantas, A., Robert, A. R., Doster, J. (2004). Developing Self-Regulated Learners: Goal Setting, Self-Evaluation, and Organizational Signals During Acquisition of Procedural Skills. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/241740012_Developing_Self-Regulated_Learners_Goal_Setting_Self-Evaluation_and_Organizational_Signals_During_Acquisition_of_Procedural_Skills/citations [Acedido em março 11, 2021].

     

    Jonathan Pertzborn

    Publicado em: 
    20. Março 2021

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