Gestão por competências, uma abordagem desafiante e actual
Vejo a gestão por competências desta forma: As competências (hard e soft) necessárias ao desempenho de qualquer função não devem ser “ditadas” apenas pelos seus titulares ou superiores hierárquicos. Devem, sim, essencialmente, emanar dos objectivos da função, ie, porque é que esta função foi criada, ou seja, a perspectiva business em que esta integra a gestão estratégica da Organização.
Mediar as hard skills é uma necessidade, é certo, porém o desafio dos nossos dias é avaliar as soft skills já que estas ganham crescentemente importância no desempenho de qualquer função, até porque, geralmente, as funções exigem cada vez mais flexibilidade a quem as desempenha.
Em Portugal o treino e avaliação das soft skills ainda não tem relevo significativo na generalidade do ensino Universitário e mesmo no mercado de trabalho. Tal tenderá a mudar porque o mercado global, com múltiplas realidades e mundos com novas lógicas económicas, assim o obriga.
As empresas competitivas procuram, cada vez mais, profissionais que tenham um elevado nível das soft skills necessárias a determinada função e, em consequência da flexibilidade exigida, cada vez mais soft skills a serem avaliadas (e desenvolvidas) em cada processo (por exemplo de selecção).
Este é um desafio metodológico para quem se dedica a implementar modelos de Gestão por Competências, mas é um dos desafios mais importantes e com maior impacto na gestão estratégica do capital humano de uma organização que queira vencer em contextos permanentemente alterados.
Alberto Araújo Lima
Director de Divisão Consulting
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